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O QUE É INTERTEXTUALIDADE?

Tudo o que pensamos, fazemos, falamos ou escrevemos tem a ver com o que muitos pensaram, fizeram, falaram ou escreveram. Da mesma forma, mesmo sem termos consciência, os textos que produzimos, são o resultado da influência de outros textos.
Esse diálogo que cada texto faz com muitos outros, de tal forma que nenhum é absolutamente original, nas nossas interações, designamos intertextualidade.
É o que ocorre toda vez que um texto tem relações claras com outro ou outros. Ocorre nas mais diversas situações e nos mais diversos tipos de comunicação.
O processo de intertextualidade tem importante papel com as influências em nossas vidas, nos contatos com obras de artes, na leitura de mundo mais crítica e mais sensível. Isto acontece porque a cultura é claramente intertextual. Ela sempre acumula ou retoma, de alguma forma, as experiências humanas.
Por exemplo: as adaptações para a televisão, o cinema ou o teatro de determinado romance podem ser mais ou menos fiéis ao original. Isso quer dizer que o adaptador se sentiu livre para modificar a história, conservando dela apenas alguns pontos, sua questão central e alguns personagens.

TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE

Paráfrase: retomada de um texto sem mudar seu fio condutor, a sua lógica.

Paródia: é o tipo de processo intertextual em que o texto original perde sua ideia básica. Seu fio condutor. Frequentemente a paródia é crítica e questionadora.

Pastiche: aproveita os recursos ou clima de outra obra. Por exemplo, "Os Trapalhões" aproveitaram o humor pastelão de o “Gordo e o Magro”, ou “Os Três Patetas”’.

Citação: comum em trabalhos científicos, usado sempre que queremos comentar para comprovar ou para reprovar determinada ideia.

Epígrafe: texto curto, transcrito no início de outro texto para indicar que o pensamento desenvolvido nesse último tem a ver com o outro. Justifica-se a partir do outro.

Referência: é a lembrança de passagem ou personagem de um texto.  Quando alguém diz que se sentiu a própria rainha da Inglaterra, por exemplo.

Referência bibliográfica: estamos dizendo que lemos muito e que não estamos sozinhos na exposição de nossas ideias.

Alusão: é um dado mais vago. Não indica a fonte. O conhecimento do interlocutor é fundamental para percebê-la ou não.

Lembramos que nem sempre temos consciência que estamos sendo intertextuais, da mesma forma, que o reconhecimento da intertextualidade pelo interlocutor exige uma razoável leitura de mundo.

BONS ESTUDOS!!!!!

 Fonte de estudo: Programa gestão de aprendizagem escolar - Gestar II - TP1

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