Pular para o conteúdo principal

BIOGRAFIA DE LUÍS VAZ DE CAMÕES


                                                            

Luís de Camões (1525-1580) foi poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da Literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior poeta do Classicismo português.
Luís de Camões (1525-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1525. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressa no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarca como soldado para a África, participa da guerra contra os Ceuta, no Marrocos, onde em combate perde o olho direito.
Em 1552, de volta à Lisboa frequenta tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga feriu um funcionário real e foi preso. Embarca para a Índia em 1553, onde participa de várias expedições militares. Em 1556 vai para a China, também em várias expedições. Em 1570 volta para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.
O poema "Os Lusíadas", funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa a intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.
Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.
No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com "Os Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.
Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e "Anfitriões".
Luís Vaz de Camões morre em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.

Comentários

  1. Este personagem foi muito importante para a vasta cultura da literatura portuguesa, por isso você foi muito inteligente de colocar grandes nomes como este!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PRONOMES POSSESSIVOS

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Por exemplo: Este caderno é meu . (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) Observe o quadro: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído. Note que: Por exemplo: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil. Observações: 1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor. Por exemplo: - Muito obrigado, seu José. 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: a) indicar afetividade. Por exemplo: - Não faça isso, minha filha. b) indicar cálculo aproximado. Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos. c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 3- Em frase...

MORFEMA

É a menor unidade de sentido das palavras, onde consiste em vários termos que por obrigação devem apresentar um sentido próprio. EXEMPLO: Prefixo Sufixo Radical Vogal Temática Tema Desinência O prefixo é um morfema que é colocado antes do radical mudando seu sentido básico. EXEMPLO: DESABRIGADO – o prefixo DES tem seu sentido básico em relação a palavra ABRIGADO colocando em sentido contrário. O sufixo é o morfema que vem depois do radical. EXEMPLO: MENININHO – o sufixo INHO tem seu sentido básico em relação à palavra MENINO colocando a palavra em sentido diminutivo. O radical é o morfema que informa sobre o sentido básico da palavra. EXEMPLO: PEDAÇO – o radical PEDAÇ é um morfema que informa o sentido da palavra PEDAÇO, a partir dele podemos formar variadas palavras como: PEDACINHO, PEDAÇÃO, DESPEDAÇADO. A vogal temática é a vogal que vem depois do radical de verbos como AMAR e nomes como CASA. As vogais temáticas de verbos são as vogais A, E, I, ou seja,...

A INTENÇÃO TEXTUAL

          Um segundo fator importante para que você possa ser considerado um bom leitor é a compreensão de intenção textual. O escritor sempre escreve com uma intenção, seja para informar, convencer, emocionar, esclarecer o seu próprio texto, seja para criar efeitos artísticos por meio da seleção e combinação das palavras considerando sua sonoridade ou múltiplas relações de sentidos para impressionar o leitor (textos literários).           Há alguns elementos materiais que dão pistas sobre a intenção textual, e você poderá criar expectativas e formular hipóteses, antes mesmo de iniciar a leitura, que serão confirmadas ou não no seu decorrer.           Você deve verificar a fonte bibliográfica do texto. Se a procedência for um artigo de um jornal ou revista semanal, por exemplo, geralmente o objetivo é informativo, tem intenção mais racional, propondo um debate de ...