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INTRODUÇÃO AO VERBO

Os verbos são palavras que possuem uma grande importância sintática na frase. Suas características são:
  • Indicar estado e ação;
  • Necessitar ou não de um complemento;
  • Poder ser passivo, ativo ou reflexivo;
  • Flexionar-se em número e pessoa, concordando;
  • Atribuir um certo significado à frase nos diferentes modos verbais;
  • Poder estar no passado, presente ou futuro;
  • Certos verbos, formam tempos que não representam nem passado, presente ou futuro.

Reconhecendo o verbo

Observe a seguinte frase:
Eu viajei de avião.
Podemos observar que nesta frase existe um vocábulo que representa ação, ou seja, verbo: viajei.
Nós vimos o incidente.
Nesta frase, observamos o mesmo, o vocábulo que representa a ação é o verbo vimos.
Eles chegaram a tempo.
Observamos novamente um verbo, chegaram.

Flexões verbais

O verbo pode se alterar para que haja uma informação de tempo em que a ação ocorreu:
Eu viajarei de avião.
Eu viajo de avião.
Eu viajei de avião.
Na primeira frase, o verbo viajarei está no futuro, na segunda, o verbo viajo no presente, e na terceira, o verbo viajei está no passado. Note que o restante da frase não se alterou, há exceções, apenas quando existe na frase um advérbio de tempo:
Eu viajarei de avião amanhã.
O verbo está no futuro porque o advérbio de tempo amanhã indica este tempo. Além de o verbo se flexionar em tempo, ele se flexiona em modo:
  • Modo indicativo: indica uma ação ou um estado certo.
Nós vimos o incidente.
  • Modo subjuntivo: indica uma ação ou estado hipotético.
Se nós víssemos o incidente.
  • Modo imperativo: indica uma ordem, conselho ou pedido.
Vejamos nós o incidente.
Além de o verbo poder flexionar-se em tempo e modo, pode também flexionar-se em número e pessoa:
Eu viajei de avião.
Tu viajaste de avião.
Ele viajou de avião.
Nós viajamos de avião.
Vós viajastes de avião.
Eles viajaram de avião.
Observe que ao mudar o pronome reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles), há alteração da forma verbal (viajei, viajaste, viajou, viajamos, viajastes, viajaram).

Concordância verbal


     O verbo sempre se comporta na frase quando há uma alteração nesta. Veja:
Na semana passada eu comprei um livro. - a locução adverbial de tempo na semana passada faz haver concordância, já que ambos, verbo e advérbio estão no passado.
Agora eu compro um livro. - o mesmo ocorre aqui, porém no presente, que é indicado pelo advérbio agora.
Na próxima semana eu comprarei um livro. - igualmente o mesmo acontece aqui, mas no futuro, que é indicado pela locução adverbial na próxima semana.

Regência verbal

Alguns verbos necessitam de complemento para que seu sentido esteja completo. Este estudo do verbo é sintático e chama-se regência ou transitividade. Veja:
Eu viajei. - o verbo viajei não necessita de complemento, podemos entender a frase normalmente.
Eu lembrei. - parece que o sentido do verbo lembrei não está completo, falta alguma coisa na frase. Eu lembrei de quê?
Eu lembrei de você. - neste caso, a frase possui um sentido completo, ela está perfeitamente compreensível.
O termo que deu sentido ao verbo chama-se complemento verbal, e o verbo lembreitransitivo. Já o verbo viajei, que não necessita de complemento verbal, chama-se intransitivo.

Vozes verbais


Aqueles verbos que exigem complemento que não tenha preposição podem apresentar duas formas, a voz ativa e a voz passiva:
  • Voz ativa: o sujeito da frase faz uma ação.
Na semana passada eu comprei um livro.
  • Voz passiva: o sujeito recebe a ação.
Um livro foi comprado por mim na semana passada.
Pode acontecer de um sujeito fazer e receber a ação, nestes casos a voz verbal é a voz reflexiva.

Predicativo

Os verbos que representam estado chamam-se verbos de ligação. Eles formam o predicativo do sujeito, porque os adjetivos estão separados por tal verbo:
Comprei um livro ótimo. → frase sem predicativo
Aquele livro é ótimo. → frase com predicativo (verbo de ligação = é)
Veja que realmente o verbo é da um sentido de estado, o estado de aquele livro é o estado ótimo.



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